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Lançamento do livro Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas

No dia 26 de novembro, às 15 horas, no Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB) ¿ Rua das Vassouras, 25, no Centro Histórico de Salvador

Autor traz para novo livro as lentes singulares

de um diplomata negro navegando o racismo

 

Há uma linha sensível e loquaz que costura e constrói uma mandala envolvente onde figuram a ginasta Simone Biles e o ídolo do futebol Vini Jr; a diva da música brasileira Elza Soares e a ativista queniana Wangari Matai; os filhos adolescentes de diplomatas da África em 2024 e o jovem estudante de Medicina nos anos 50 – estes últimos acossados pela Polícia Militar no Rio de Janeiro em razão da pele negra, ainda que separados no tempo em 70 anos.

Esta linha, que junta delicadamente e sem qualquer rigor sequencial 25 figuras, conhecidas e anônimas, de cantos vários do planeta, em uma análise do racismo histórico e contemporâneo vigorosa – mas ainda assim desprovida de academicismo ou pretensão – é a obra Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas, de Silvio Albuquerque. Ao escrever sobre pessoas reais e contar fragmentos de suas histórias, ele restaura sua dignidade; devolve voz, cor e textura ao que a linguagem teórica muitas vezes abstrai.

Escritor, tradutor e diplomata de carreira, Albuquerque traz em 112 páginas histórias conhecidas e desconhecidas do público, narradas através de suas lentes únicas: servidor do tradicional e ainda majoritariamente branco Ministério das Relações Exteriores desde os anos 1980, o autor de 64 anos é dos poucos de sua geração que se assume como diplomata negro em voz alta; e encampa a ampliação da política de cotas para ingresso de mais jovens negros no Itamaraty com o mesmo empenho com que participou das negociações (triunfantes) da Conferência Mundial de Durban para Erradicação do Racismo em 2001.

É de Milton Santos, explica o autor, o conceito de cidadanias mutiladas, “aplicável a um conjunto de pessoas que vivem em Estados incapazes, por ação ou omissão, de proporcionar-lhes acesso aos benefícios decorrentes de processos políticos e econômicos justos.”

Mas Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas se recusa a ser uma reflexão pessimista ou amarga: à medida em que tece seu mosaico, Albuquerque também responde aos algozes, indiferentes, conservadores, liberais e radicais com as marcas deixadas pelos que se recusaram a permanecer inertes e fizeram algo para restaurar a dignidade própria ou de outros—e, por extensão, a de milhares ou milhões de outras pessoas que com elas se identificam. E, com suas ações, geraram ondas de efeitos positivos e mudaram percepções, desconstruíram preconceitos, ampliaram direitos e alimentaram esperanças.

“Em meio à descrença e ao desmonte das políticas de construção da igualdade mundo afora, o autor renova os votos—e nos exorta a fazer o mesmo—com a agenda ainda urgente de combate à discriminação, sobretudo, racial”, aponta a jornalista Flávia Oliveira, que assina a contracapa da obra. “Os relatos de Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas mostram que, se não existe antídoto contra o dolo, tampouco há interdição ao consertamento”.

 

Serviço

O quê: lançamento do livro Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas, de Silvio Albuquerque (Editora Telha, selo literário Pensamento Negro Contemporâneo) – já disponível via Amazon

Onde: Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB) – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico de Salvador (em frente à Sefaz e próximo do Elevador Lacerda)

Quando: Dia 26/11 às 15h

Sobre o autor:

Silvio José Albuquerque e Silva é diplomata de carreira. Foi Embaixador do Brasil no Quênia e Representante Permanente junto à ONU em Nairóbi. É o atual Embaixador do Brasil junto ao Reino da Bélgica e ao Grão-Ducado de Luxemburgo. Foi membro do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas. Autor de Multilateralismo Ambiental e Discriminação Racial, Fundação Alexandre de Gusmão, 2024. Traduziu O Topo de Montanha, de Katori Hall. Torcedor do Botafogo, nascido em Niterói e apaixonado por Salvador, considera-se sotero-niteroiense. É filho de Irídio Silva e de Maria da Penha Albuquerque Silva. É casado com Ludmilla Duarte e é pai de Bernardo, Isabel, Andrea e Tatiana.

 

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