Fundação
João Fernandes da Cunha
conheça aBiblioteca João Fernandes da Cunha
venha nos visitarFundação João Fernandes da Cunha
Mais de 62 milhões de brasileiros estão com nome sujo
Por Brasil Econômico | 12/11/2018 11:41
Número de pessoas inadimplentes equivale a quase um terço da população adulta do País; dados consideram as contas atrasadas há mais de 90 dias
A inadimplência comprometeu cerca de 3% do valor do crédito no Brasil e atingiu mais de 62 milhões de pessoas em setembro, de acordo com um levantamento realizado pelo Banco Central e divulgado nesta segunda-feira (12). Para fazer o relatório, a instituição financeira considera apenas as dividas que estão atrasadas há mais de 90 dias.
Segundo os dados apresentados, a taxa de inadimplência ao crédito do sistema financeiro no Brasil chegou a 3,04% no período. O índice equivale a R$ 96,6 bilhões em pagamentos atrasados de um saldo total de R$ 3,168 trilhões.
Entre os endividados, mais da metade dos brasileiros (52%) que, atualmente, tem “nome sujo” no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), estão inadimplentes com bancos, operadoras de cartão de crédito e financeiras. De acordo com o birô de crédito, que atua como intermediador entre os credores e devedores, são 62,6 milhões de brasileiros negativados – aproximadamente um terço da população adulta (com mais de 20 anos) do País.
Considerando a taxa total de inadimplência no país, 46,27% das dívidas são com os bancos públicos, 41,28% com as instituições privadas de capital nacional e 12,45% dos pagamentos em atraso são referentes a instituições de capital estrangeiro.
Monitoradas pelo Banco Central, as dívidas relativas a cartões, cheques e empréstimos tem maioria vinda do cartão de crédito, que é responsável por 20,8% do endividamento da população. Sem segundo lugar estão os negativados por crédito pessoal, que são 13,5%. Depois, 12,9% são de crédito consignado; 11% de financiamento habitacional e 9,8% de aquisição de carros. O restante, cerca de 32%, é formado por diferentes tipos de créditos e financiamentos.
A crise econômica que atingiu o Brasil contribuiu para o aumento da inadimplência
Entre 2014 e 2018, mais de dez milhões de brasileiros entraram no vermelho. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, eram 51,8 milhões de endividados em 2014. “A inadimplência sempre cresce com o desemprego. Quando o país entrou em crise, a partir de 2014, nós tínhamos 51,8 milhões de CPF negativados. A crise, de 2014 pra cá, colocou mais 10 milhões na inadimplência”, afirmou.
Com o cenário de crise, cerca de 6,5 milhões de pessoas perderam o emprego entre os anos de 2014 e 2017. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), nesta época, a média anual da taxa de desocupação da população de 14 anos ou mais passou de 6,8% (o menor índice da história) para 12,7% - o último o mesmo de junho de 2018, quando a inadimplência atingiu nível recorde na Serasa.
Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a retomada dos postos de trabalho vai ajudar no retorno do pagamento em dia e na quitação das dívidas, principalmente da classe mais baixa. “Quando o consumidor que tem a renda menor voltar para o mercado de trabalho, ele vai pagar a dívida, resolver esse problema”, explicou.
Histórico do endividamento
Considerando a taxa total de inadimplência no país, 46,27% das dívidas são com os bancos públicos
Apesar dos 62 milhões de brasileiros na inadimplência registrados em setembro de 2018, os dados do mês de agosto já não eram bons. No período, dados do BC mostraram que a proporção de endividamento das famílias brasileiras era de 41,93% da renda acumulada em 12 meses. O pico desse índice foi atingido em abril de 2015, quando as dívidas compunham 46,39% da renda acumulada pelas famílias em um ano.
Link deste artigo: https://economia.ig.com.br/2018-11-12/inadimplencia-atinge-62-milhoes.html
Relatório mostra que 815 milhões de pessoas passam fome no mundo
Pretende conceder férias coletivas aos funcionários? Veja passo a passo
Brasileiros pagam juros do rotativo mais caros do mundo, indica levantamento
Nova lei obriga lojas a exibirem preços com mais clareza na internet
Vai abrir uma loja virtual? Confira cinco perguntas que você deve fazer