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No Congresso, parlamentares já aproveitam o enfraquecimento da Lava Jato, que teve a força-tarefa de Curitiba encerrada neste mês, para tentar atingir ex-integrantes da operação e o ex-juiz federal e ex-ministro Sergio Moro. Encabeçado pelo PT, o movimento iniciou a coleta de assinaturas no Senado para criação da CPI da Lava Jato.
Até quarta (10), apenas seis senadores do PT assinaram o requerimento de criação da CPI da Lava Jato. Mas o senador Rogério Carvalho (PT-SE) já articula a ofensiva junto a outros partidos, segundo apurou Wesley Oliveira, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília. Eles esperam que até mesmo bolsonaristas e partidos do Centrão, atingidos pelas operações da Lava Jato, declarem apoio.
O líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), criticou recentemente a operação e defendeu que juízes e procuradores que cometeram ilegalidades sejam punidos. Mas também há resistências no Congresso.
O líder da maioria no Senado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), por exemplo, recentemente protocolou um projeto de lei para anistiar os hackers que invadiram os celulares de Moro e de outras autoridades. Na justificativa que acompanha a proposta, o parlamentar argumenta que os acusados contribuíram para o "aperfeiçoamento das instituições brasileiras", pois os diálogos são "confissões inequívocas de perseguição política", de "desprezo pelos direitos fundamentais das pessoas acusadas".
Renan Calheiros foi investigado pela Lava Jato e é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em um processo decorrente da investigação.
E é justamente dos partidos do Centrão que o PT pretende se aproximar para conquistar as assinaturas necessárias para abertura da CPI. “Se não for pelo Senado, vamos trabalhar pela Câmara. Talvez possamos contar com o apoio dos integrantes do Centrão e até dos deputados bolsonaristas, que viraram críticos do Moro”, diz um integrante do PT na Câmara.
Caso a movimentação dos petistas dê certo, caberá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aceitar ou não o pedido de CPI. O deputado alagoano já teria sinalizado ser favorável a tirar a proposta do papel.
Deputados bolsonaristas, porém, descartam assinar a CPI. Para Carla Zambelli (PSL-SP), isso é um “ato isolado” dos petistas. Já Bibo Nunes (PSL-RS) diz não acreditar na abertura de uma CPI sobre o assunto. “Não acredito nessa CPI. O combate à corrupção está cada vez mais intenso no governo Bolsonaro”, afirma ele.
Na Câmara, para uma CPI ser criada são necessárias as assinaturas de 171 dos 513 deputados.
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