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A Polícia Federal confirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira (15), a troca do superintendente da corporação no Amazonas. O delegado Alexandre Saraiva deixará o cargo, que passará a ser ocupado pelo delegado Leandro Almada.
A mudança foi anunciada um dia após Saraiva ter apresentado notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na nota divulgada, a PF diz que o superintendente da corporação no Amazonas foi informado da substituição na tarde desta quarta (14). Em entrevista à GloboNews, no início da tarde desta quinta, Saraiva afirmou que ainda não sabia de uma eventual troca.
"Em especial, no tocante à alteração da chefia da Superintendência Regional do estado do Amazonas, cumpre esclarecer que o Delegado de Polícia Federal Alexandre da Silva Saraiva, que permaneceu durante três anos e meio à frente da Superintendência, foi comunicado da substituição no decorrer da tarde de ontem (14/04)", diz o comunicado da PF.
A nota também informou mudanças nas superintendências de outros quatro estados. A lista completa dos novos superintendentes é a seguinte:
As trocas ainda não foram publicadas no "Diário Oficial da União" e são promovidas pelo novo diretor-geral da PF, Paulo Maiurino. Além das superintendências regionais, Maiurino também vai trocar os cinco diretores que formam a "cúpula" da corporação.
O diretor-geral da PF tomou posse no cargo há uma semana, em 8 de abril, em cerimônia reservada. Paulo Maiurino foi escolhido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que também assumiu o cargo no início deste mês após uma reforma ministerial promovida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta quarta, ainda como superintendência da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o senador Telmário Mota (PROS-RR).
Saraiva diz ter visto indícios de suposto beneficiamento de madeireiros ilegais na Amazônia, o que facilita a grilagem de terra na Região Norte.
No documento, o delegado aponta a possibilidade de ocorrência dos crimes de advocacia administrativa, organização criminosa e o crime de "obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais."
A notícia-crime é um instrumento usado para alertar uma autoridade — a polícia ou o Ministério Público — da ocorrência de um ilícito. O STF deverá decidir se abre a investigação contra Salles e Mota ou se arquiva.
No fim do ano passado, mais de 200 mil metros cúbicos no valor de R$ 130 milhões de madeira foram apreendidos na Operação Handroanthus. Salles e Telmário têm feito declarações contrárias à operação da Polícia Federal que levou à apreensão, além de defender a aparente legalidade do material e dos madeireiros investigados.
Em março, o ministro inclusive chegou a visitar a região e se reunir com os madeireiros para tratar do tema, e fez postagens em redes sociais defendendo que seja dada solução célere ao caso.
Em nota, o senador Telmário Mota acusou o delegado Alexandre Saraiva de "buscar holofotes" com a notícia-crime, dizendo que ela é "sem fundamento e elaborada apenas para ganhar espaço na mídia e nas redes sociais" e nega ter praticado as condutas.
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