Mexe-mexe na esquerda
Políticos estão deixando o PSOL e o PCdoB de olho na eleição do próximo ano
Por Alexandre Garcia
Muitos políticos estão deixando o PCdoB. Na quinta-feira (17) foi o governador do Maranhão, Flávio Dino, que anunciou sua saída — ele deve ir para o PSB. A mesma coisa deve acontecer com a ex-deputada Manuela D’Ávila (RS) e o ex-ministro e deputado federal Orlando Silva (SP).
Até o deputado Marcelo Freixo deixou o PSOL provavelmente para ser candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSB. Todos eles mudam de partido com a bênção de Lula. Eu fico pensando por que o ex-presidente não levou esses políticos para o PT.
Acho que Lula sente que o PT está marcado pela corrupção descoberta pela Lava Jato. Três tesoureiros do partido foram presos nos últimos anos. O partido está com a ficha suja, mesmo depois da limpa que a Suprema Corte fez na ficha de Lula.
A mesma coisa acontece com o termo comunista. Acho que o pessoal do PCdoB está querendo cair fora do partido porque a palavra comunista puxa para baixo. Todos estão pensando na eleição do ano que vem.
O mesmo aconteceu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) tradicional, aquele de Luiz Carlos Prestes, que mudou de nome primeiro para PPS e hoje é o Cidadania. Eles queriam abandonar a palavra comunista.
Flávio Dino tuitou afirmando que sua saída do PCdoB é devido a “diferenças estratégicas e táticas”. Para mim está claro que ele está focado estrategicamente na eleição de 2022 e pensou em qual movimento deveria fazer para se eleger. Parece que ele quer ser candidato ao Senado pelo Maranhão.
Essas são as mudanças e os movimentos partidários que antecedem o ano eleitoral, que será bem interessante.
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