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A China reiterou seu entendimento de que Taiwan é uma “parte inalienável” do país e adotou um tom agressivo sobre o assunto no discurso do seu representante, o vice-ditador Han Zheng, no debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas.
“Ninguém deve jamais subestimar a firme determinação, a forte vontade e o poder do povo chinês para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”, disse Han em Nova York nesta quinta-feira (21).
“Concretizar a reunificação completa da China é uma aspiração compartilhada por todos os filhos e filhas da nação chinesa”, afirmou o vice-ditador, que, contrariando o que Pequim demonstra com as seguidas incursões no espaço aéreo de Taiwan, alegou que o objetivo é promover essa “reunificação” sem violência.
“Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica com a maior sinceridade e o máximo esforço”, disse Han.
Taiwan é um país independente, administrado separadamente da China desde 1949, quando os nacionalistas, derrotados pelos comunistas na guerra civil, se refugiaram na ilha. Porém, Pequim considera Taiwan uma província rebelde, que precisa ser incorporada até o fim do conflito completar cem anos, em 2049.
Han também falou sobre a guerra na Ucrânia, ao alegar que a China apoia “a cessação das hostilidades e a retomada das negociações de paz”.
“A China apoia todos os esforços que conduzam à resolução pacífica da crise na Ucrânia e está pronta para continuar a desempenhar um papel construtivo para a rápida obtenção da paz”, disse o vice-ditador.
Apesar do discurso, a China ajuda a agressão russa: não condenou a invasão nas votações na ONU e tem aumentado suas importações de energia do país de Vladimir Putin, com quem o ditador Xi Jinping diz manter uma parceria “sem limites”.
Putin e Xi se juntam ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao premiê britânico, Rishi Sunak, como ausências na Assembleia Geral da ONU entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas: o único líder desse grupo a comparecer foi o presidente americano, Joe Biden.
Neste mês, Xi já havia se ausentado da cúpula do G20, realizada na Índia, o que foi percebido como parte de um processo no qual o ditador chinês está dando prioridade a mecanismos multilaterais que pode controlar, como os Brics, que foi expandido recentemente após pressão de Pequim.
Na ONU, Han sinalizou nesse sentido, ao destacar que a China se enxerga como parte do grupo dos países em desenvolvimento.
“Como maior país em desenvolvimento, a China é um membro natural do Sul Global. Respira o mesmo ar que outros países em desenvolvimento e partilha com eles o mesmo futuro”, disse Han.
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