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Um estudo interno dos Correios e divulgado pelo G1 nesta sexta-feira (4), mostra que a empresa pública teve um prejuízo estimado em R$ 2,16 bilhões no ano de 2024 em função da chamada "taxa das blusinhas". O prejuízo teria sido gerado pela redução de receitas após a tributação sobre remessas internacionais, especialmente de mercadorias com origem da China.
Apesar de ter sido alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi ele quem sancionou a lei que estabeleceu a taxa de importação para compras internacionais de até US$ 50 –que eram isentas de alíquota extra. Nesse sentido, o estudo divulgado pelo G1 aponta um cálculo de arrecadação estimado e o quanto foi arrecadado pelos Correios em 2024.
Antes da mudança da legislação, os Correios estimavam arrecadar R$ 5,9 bilhões com o transporte de mercadorias importadas da China em 2024. Entretanto, com a nova lei, a empresa arrecadou R$ 3,7 bilhões, o que representa uma redução de R$ 2,2 bilhões. Quantia 37% inferior ao esperado pela estatal.
O presidente dos Correios, Fabiano Silva, falou sobre o impacto desta mudança nesta semana. Em evento na Câmara dos Deputados, Silva destacou que além da taxa, a permissão para que outras empresas de transporte também pudessem realizar o frete de mercadorias internacionais, diminuiu a participação dos Correios nesse mercado.
"A gente tinha uma participação nesse segmento internacional em torno de 98% de mercado, ou seja, quase dominante, quase exclusivo nesse mercado. No mês de janeiro, a gente está em torno de 30 e poucos por cento", disse.
Para tentar reverter essa situação, os Correios estão buscando modificar a legislação, alterando o decreto-lei sobre a tributação simplificada das remessas postais internacionais para voltar ao modelo anterior.
Prejuízo já era previsto e contribuiu para déficit das estatais
No final de janeiro, a empresa já havia divulgado uma estimativa do déficit que poderia ser causado pela "taxa das blusinhas". Em coletiva, o presidente do Correios afirmou que a estimativa de prejuízo em 2024 chegaria a R$ 3,2 bilhões, somando a perda estimada de R$ 2,13 bilhões ocasionada pela tarifa e o investimento de R$ 830 milhões feitos pela estatal.
Somando o prejuízo estimado para os Correios no ano passado, a empresa corresponde a quase 50% do rombo registrado pelas estatais aos cofres públicos. De acordo com o Banco Central (BC), as empresas estatais federais brasileiras registraram um déficit de R$ 6,3 bilhões em 2024.
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