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Um levantamento feito em 2018 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PENAD) revelou que o Brasil é composto por 51,7% de mulheres. Até os 24 anos de idade, a população feminina compõe 17,5% da fatia do bolo, como a estudante Verena Prazeres (16), que cursa o 3º ano do Ensino Médio.
Verena participou da última edição do Concurso para Escritores Escolares de Poesia e Redação, realizado pela Diretoria do Livro e da Leitura (DLL), da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa). Ela escreveu uma redação com o título “O Mascarado”, na qual utiliza uma metáfora para criticar o comportamento masculino.
“A história relatada realmente aconteceu comigo e com outras amigas. Tudo do mesmo jeitinho: homens que aparentavam ser legais se revelaram nojentos no final. Essa metáfora eu vejo até como um alerta pra outras mulheres de que nem tudo que parece é”, explica.
Ela conta que escreve desde pequena, principalmente por ter adquirido a habilidade ainda criança. Verena costumava expressar seus sentimentos em diários, e, então, foi desenvolvendo a escrita, o que despertou a atenção da professora de língua Portuguesa, na Escola Intelectus, em Itaberaba, ainda no Ensino Fundamental II, que incentivou a jovem a se inscrever.
“Eu conheci o Concurso através de uma professora, em 2016. Desde então, me apaixonei pelo projeto e pela ideia de ter o meu trabalho reconhecido por outras pessoas”, diz a estudante, que não soube descrever a emoção de ter sido uma das vencedoras, e afirma que a importância da leitura reside em proporcionar conhecimentos e oportunidades, além de estimular pensamentos.
Tal pensamento é compartilhado pela estudante Lara Simplício (09), que está no 5º ano do Ensino Fundamental. Ela estuda no Centro de Educação infantil (Caracol) e diz que escreve desde os 7 anos de idade. Segundo Lara, a leitura ajuda no desenvolvimento, no crescimento e no aprendizado das pessoas.
Isto se reflete no texto submetido ao Concurso pela jovem, que se refere sobre o primeiro uso do sutiã, momento por qual muitas mulheres passam. A estudante ousou na escolha, pois, segundo ela, falar sobre significa relatar uma nova fase de sua vida, e menciona a ajuda e apoio fundamentais dos responsáveis.
“Meus pais me incentivam bastante, eles gostam muito de ler. Sempre compram livros para mim e me levam para muitas bibliotecas. Eles ficaram muito orgulhosos por eu ter vencido o concurso”, explica a estudante, ao revelar que gosta de inventar histórias, falar de emoções, sentimentos dentre outros assuntos.
A jovem ainda dá conselhos para os jovens da mesma faixa etária que ela. A pequena Lara recomenda que os estudantes “devem frequentar mais as bibliotecas e encontrar um tempinho para ler e escrever um pouco”, coisa que ela faz desde muito nova.
Para Bárbara Falcón, diretora da Diretoria do Livro e da Leitura (DLL), as produções que chegaram para a comissão de avaliação do Concurso chegaram de forma surpreendente, além de avaliar as obras escritas pelos estudantes como “importantes” e “positivas”.
“Muitas vezes a gente subestima, não a capacidade, mas a inexperiência desses jovens de estarem antenados a temas tão delicados, que acredito estarem sendo discutidos nas escolas e nas famílias, pois eles trazem temáticas como racismo, violência contra a mulher, feminicídio, alcançando grandes resultados“, celebra a diretora.
O concurso – Criado em 2014, o concurso tem o objetivo de sensibilizar e mobilizar a juventude escritora. Na última edição, em 2017, recebeu cerca de 1.200 inscrições e premiou 18 estudantes e escolas que se destacaram com número de inscritos. ¿ Os vencedores receberão prêmios como: tablets; kits contendo livros; pôster ilustrado em tamanho A2 do texto selecionado; leitor de e-book; entre outros.
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