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A cineasta Chloé Zhao, que nasceu na China, venceu no domingo (25) o Oscar de melhor filme e de melhor direção por "Nomadland", mas seu triunfo não aparece nesta segunda-feira (26) nas redes sociais e na imprensa chinesas.
Zhao se tornou a primeira asiática e a segunda mulher a vencer o Oscar de melhor direção. O filme foi o grande vencedor da noite e conquistou também o prêmio de melhor atriz, com Frances McDormand.
Mas todas as publicações recentes com o seu nome e menções a "Nomadland" desapareceram da rede social Weibo, o Twitter chinês, ao meio-dia desta segunda. A imprensa chinesa também mantém o silêncio sobre a vitória.
Inicialmente aclamada pela imprensa estatal pelo sucesso de seu filme, Zhao virou alvo de ataques de nacionalistas chineses nas redes sociais, que desenterraram entrevistas da diretora em que ela parece criticar o país natal. Os cinemas chineses também adiaram a estreia do filme.
Antes da eliminação das publicações, o Weibo estava repleto de mensagens que elogiavam Zhao e também denunciavam a censura.
Em seu discurso de agradecimento, a cineasta citou um poema chinês: "Tenho pensado muito ultimamente sobre como continuo a seguir quando as coisas ficam difíceis. Quando eu era criança na China, meu pai e eu costumávamos memorizar textos e poemas clássicos chineses e recitar juntos".
"Eu me lembro de um chamado 'The Three Character Classic', e ele dizia: 'As pessoas, ao nascer, são boas'. Essas palavras tinham muito impacto quando eu era criança, e ainda acredito nelas", disse Zhao.
"Sempre achei bondade nas pessoas que conheci — em todos os lugares do mundo. Esse Oscar é para qualquer pessoa que tem a coragem de se manter boa e ver o que há de bom nos outros".
"Nomadland" é um drama sobre pessoas com poucos recursos da terceira idade nos Estados Unidos, que não têm emprego ou aposentadoria e vivem de forma nômade em trailers.
Nas ruas da capital chinesa, a agência de notícias France Presse relata que era fácil encontrar pessoas orgulhosas com o triunfo de uma cineasta do país na principal premiação do cinema americano.
"Ela é o orgulho do povo chinês", afirmou Yan Ying, uma engenheira, à France Presse. "É muito raro que um chinês receba um Oscar".
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