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Ponto e contraponto

Parece que a ideia passou a ser exterminar o adversário, para vencer sempre, mesmo que por W.O.

Por

Luís Ernesto Lacombe

 

Você sabe a quantas anda a liberdade na China? Não anda. Simplesmente porque lá não tem isso. Comunismo e liberdade nunca se deram. É sempre um ou outro. Uma vantagem da China é que lá ninguém reclama da polarização política.

Em Cuba também não tem debate, não tem antítese, livre manifestação... Não tem ponto e contraponto. Imprensa... Tem censura, tem controle, tem prisão.

Na República Popular Democrática da Coreia, a referência à democracia fica restrita ao nome oficial do país. Na Coreia do Norte, nem o respirar de cada um é realmente próprio. E a liberdade é o que garante a existência e manutenção de todos os direitos fundamentais.

Estamos ficando parecidos com China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Nicarágua... Parece que a ideia passou a ser exterminar o adversário, para vencer sempre, mesmo que por W.O.

Na Venezuela, a imprensa contrária ao ditador Nicolás Maduro sumiu. Jornal, televisão, emissora de rádio, basta ser contra o herdeiro de Chávez e sua revolução bolivariana para que o resultado seja o banimento, o fechamento do veículo. Políticos opositores também vivem em risco.

Na Nicarágua, os adversários políticos de Daniel Ortega estão sendo presos. O que o ditador reserva àqueles que querem concorrer com ele à presidência não é a possibilidade de fazer uma campanha livre, apresentar ideias, debater. O que Ortega tem contra seus opositores não são bons projetos e argumentação; é a prisão, e pronto.

Esse sempre foi o sonho dos senadores de oposição que manipularam a CPI da Covid no Senado: prender. No caso, botar atrás das grades o presidente Jair Bolsonaro, “criminoso” previamente escolhido ainda no nascedouro da comissão. Conseguirão? Com um relatório juridicamente nulo, duvido.

Prender, cassar a chapa legitimamente eleita em 2018, banir Bolsonaro das redes sociais... Num país que tem até deputado federal preso numa farsa, que tem exilado político, o processo legal esfacelado, que tem perseguição a jornalistas, a médicos, tem censura bem apontada, num país assim o absurdo é superado todos os dias.

Juntam-se STF, TSE, Big Techs e oposição, na sua democracia particular. Calar, para alguns, é viciante. É censura prévia tirar Bolsonaro das redes? Contraria a Constituição? Danem-se a Constituição e o presidente. Calar, silenciar. É totalitarismo puro da turma que insiste em falar de igualdade e democracia.

Sim, estamos ficando parecidos com China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela, Nicarágua... Parece que a ideia passou a ser exterminar o adversário, para vencer sempre, mesmo que por W.O. Vencer porque o oponente foi eliminado ou prejudicado de modo decisivo, no tapetão. Isso não é vitória. E, posso afirmar, nada se compara a vencer com regras claras, numa concorrência leal, no peito e na raça.

 

Fonte Gazeta do Povo

 

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