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Big Tech is watching you: a cruzada mundial contra a liberdade de expressão e a autonomia médica

A alegação dos censores é a de sempre: uma pretensa violação às famigeradas ´regras da comunidade´

Por Flávio Gordon

 

“O Brasil não é para amadores” – disse celebremente Tom Jobim. Eis aí uma tirada que, nos dias de hoje, se aplica facilmente ao mundo inteiro. No momento em que escrevo esta coluna, por exemplo, encontro-me censurado por duas gigantes do Vale do Silício. No Twitter, o tempo de bloqueio já supera os três meses, pois que me recuso a remover a postagem proscrita pelo tribunal revolucionário digital, remoção que é o preço cobrado por meu acesso sequestrado. No Facebook – segundo o qual minha postagem consiste em “desinformação que pode causar dano físico” (sic) –, a mordaça veio na forma de três ganchos consecutivos: de um, de três e de sete dias. Para emitir livremente minha opinião, resta-me, por ora, o Telegram, onde recentemente criei um canal, que conta agora com pouco mais de 8 mil inscritos. E, claro, esta minha coluna na Gazeta.

A alegação dos censores é a de sempre: uma pretensa violação às famigeradas “regras da comunidade”. No caso específico, o crimideia cometido foram postagens relativas ao tratamento precoce da Covid-19, um tema que, não se sabe ao certo por quais razões (sabe-se apenas que não podem ser nobres), os tiranetes das Big Techs decidiram banir do debate público em escala global. “Não há tratamento para a Covid! Não há tratamento para a Covid! Não há tratamento para a Covid!” – decretam peremptoriamente, enquanto, a fórceps, mantêm-nos as pálpebras abertas, ao estilo Laranja Mecânica.

De checadores de fatos, as agências em conluio com as Big Techs passaram agora, durante a pandemia de insanidade que tomou conta do mundo, a fiscais da medicina.

Como a própria Gazeta tem mostrado em reportagens e artigos de opinião – cujo compartilhamento também tem sido, aliás, causa de censura nas redes –, sou apenas mais um de um vasto rol de censurados, que inclui até parlamentares, ministros, chefes de Estado e – pasmem! – médicos e pesquisadores renomados, que, do alto de sua expertise científica, os papa-soja do departamento de censura das redes sociais julgam indignos do direito à fala, se não mesmo ao próprio exercício da profissão.

Médicos como Peter A. McCullough, cardiologista, professor de Medicina da Texas A&M University e autor principal de um estudo publicado no prestigiado The American Journal of Medicine, no qual se afirma a eficácia no tratamento precoce da Covid de um coquetel de medicamentos que inclui a hidroxicloroquina, a azitromicina e alguns corticosteroides. Em entrevista a esta Gazeta do Povo, McCullough, que conta com mais de 89 mil citações em artigos acadêmicos, afirma que “a censura de informações científicas pelo Twitter está causando um grande desastre no mundo”.
 
Como eu já denunciara em 2018, embora alguns à época houvessem torcido o nariz para essa verdade inconveniente, a cruzada antidemocrática promovida pelas Big Techs passa pela parceria com as autoproclamadas agências de “checagem de fatos” (fact-checking) – ou de esquerdagem de fatos (left-checking), como prefiro chamar –, tudo sob o cínico pretexto de combater a desinformação e o discurso de ódio na internet. E, como nada tenha sido feito até agora contra a atuação desses agentes da censura (o parlamento brasileiro continua deitado em berço esplêndido em face do problema), é óbvio que os sujeitinhos tomaram gosto pela coisa, passando a agir com um autoritarismo que faria Stalin pedir moderação. De checadores de fatos, passaram agora, durante a pandemia de insanidade que tomou conta do mundo, a fiscais da medicina, traçando uma linha divisória entre médicos legítimos (os que são contra o tratamento precoce) e ilegítimos (os que prescrevem medicamentos tais como ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina, proxalutamida, bromexina, entre outros, para profilaxia ou tratamento da Covid). Quanto aos pacientes, os ultrastalinistas criados em “safe spaces” decidiram privar-lhes até do tradicional direito a uma segunda opinião médica. Só pode haver uma opinião. Big Tech is watching you!

Apesar da censura, todavia, continuo me manifestando onde resta espaço, até o fim das minhas forças, tal qual um Didi Mocó com o seu “piolho”. E mesmo se, apoiados por pandeminions e “explicadores de mundo”, os papa-soja do Vale do Silício consigam nos calar a todos, ainda assim as pedras hão de berrar: há, sim, medicamentos satisfatoriamente eficazes tanto na profilaxia quanto no tratamento da Covid, e que vêm sendo prescritos por médicos do mundo todo.

É o que mostra o banco de dados e as meta-análises reunidos no site c19study, criado por um grupo internacional de médicos e cientistas que, por conta da implacável campanha midiática contra o tratamento precoce, optaram pelo anonimato, sobretudo desde que Didier Raoult, o renomado médico francês pioneiro no tratamento da Covid com hidroxicloroquina e azitromicina, passou a sofrer ameaças de morte por conta de suas opiniões, conforme relatou em depoimento dramático à Assembleia Nacional francesa.

Os ultrastalinistas criados em “safe spaces” decidiram privar os pacientes até do tradicional direito a uma segunda opinião médica. Só pode haver uma opinião.

O objetivo do c19study é catalogar e produzir meta-análises de todos os estudos ora conhecidos sobre medicamentos usados no tratamento da Covid. Até o momento em que finalizo esta coluna, 7 de abril de 2021, o site registra 542 estudos, boa parte deles “padrão-ouro”, consistindo em Randomized Controlled Trials (RCTs): randomizados com controle duplo-cego e revisados por pares. Constantemente atualizado, divide-se em seções específicas sobre hidroxicloroquina (232 estudos; 3.703 pesquisadores; 358.764 pacientes testados), ivermectina (50; 398; 15,838), vitamina D (19; 196; 14.752), remdesivir (14; 232; 10.637), proxalutamida (3; 20; 1.041), bromexina (5; 56; 291), entre outros. Há um resumo de cada ensaio clínico, bem como links para as fontes originais.

A meta-análise de todos esses estudos não deixa dúvidas: o tratamento é eficaz, reduzindo consideravelmente o número de internações e de óbitos. Para ficarmos apenas no exemplo da ivermectina, os resultados acumulados são os seguintes: 12 ensaios clínicos com uso profilático (ou seja, antes da contração da doença) resultaram numa melhora do estado de saúde dos pacientes de 89%; 18 ensaios clínicos com tratamento precoce (ou seja, logo no início dos sintomas), numa melhora de 81%; 20 ensaios clínicos com tratamento tardio, numa melhora de 50%; 18 estudos mostraram redução de 76% na mortalidade; 26 RCTs mostraram uma melhora de 70% no estado de saúde dos pacientes.

Nos estudos da área médica, é comum encontrarmos menção a um índice chamado de “p-valor”. Trata-se de um elemento estatístico criado para mensurar a probabilidade de um determinado resultado – como, no caso, a eficácia de um medicamento – ser obra do acaso. Quanto mais baixo é o p-valor, menor a probabilidade de que o acaso tenha algum papel no resultado. Em se tratando da eficácia de medicamentos, por exemplo, um p-valor muito baixo praticamente exclui o fator sorte, sugerindo que o medicamento foi o que, de fato, provocou o efeito esperado.

Pois bem. A meta-análise dos 50 estudos com ivermectina catalogados pelo c19study resulta num p-valor de 0,000000000000001. Isso quer dizer que a probabilidade de um tratamento ineficaz produzir resultados tão positivos quanto os obtidos nos referidos estudos é de um para um quatrilhão. Uma probabilidade talvez maior apenas que a de as Big Techs se desculparem um dia pela infame censura que promovem, ou o establishment midiático mundial se desculpar pela cobertura criminosa que vem dando ao assunto.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
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