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Na sexta-feira (7 de junho), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) afirmou que a greve dos professores federais “segue forte”. O comunicado foi feito após algumas instituições federais já terem abandonado a greve em decorrência de um acordo fechado entre o governo e outra entidade sindical.
O acordo assinado pelo governo Lula com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes) mantém a condição de aumento de 0% em 2024 oferecido pelo governo e reajuste de 9% em janeiro de 2025, mais 3,5% em maio de 2026.
O acordo não foi aceito por toda a categoria e professores de 62 instituições de ensino superior continuam em greve.
“O governo federal escolheu manter o reajuste de 0% em 2024, a desestruturação da carreira e a asfixia orçamentária das IFEs [...] A greve da educação federal segue forte, com unidade entre docentes, estudantes e TAEs pela recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino”, informou o Andes pelas redes sociais.
“As universidades federais, IFs e Cefets precisam de recomposição orçamentária de pelo menos R$ 2,5 bilhões para continuarem funcionando em 2024. São R$ 14 bilhões em emendas parlamentares em 2024 [...] R$ 310 milhões do orçamento das universidades federais foram cortados da Lei Orçamentária Anual de 2024. O governo federal diz que não tem espaço no orçamento 2024 para a educação federal, mas aprovou reajuste de 77,15% para a Polícia Penal até o final do mandato, com início dos pagamentos ainda esse ano [...] Tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação”, disse o sindicato em outras publicações na rede social X.
Na quarta-feira (5), ao participarem de uma audiência na Comissão de Educação do Senado, representantes dos grevistas reclamaram de “achatamento salarial” e pediram novas negociações com o governo.
Na segunda-feira (3), representantes do Andes-SN e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) permaneceram por mais de duas horas em uma sala do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) até conseguirem uma nova reunião com o governo, que ocorrerá na próxima semana.
“Nos foi colocado que seria impossível ter uma data para negociação das demandas dos professores e dos técnicos. Se cedêssemos e não insistíssemos, se não colocássemos em prática os bons métodos que nossa classe construiu, sairíamos sem qualquer resposta. Esperamos que a nossa mobilização, seguindo nesse compasso, possa trazer ganhos materiais e políticos. Esperamos que possamos, no dia 14, colher bons frutos da nossa mobilização”, afirmou o presidente do Andes-SN, Gustavo Seferian.