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Após 2 mil anos desde que os primeiros cristãos eram levados às arenas de Roma, a violência contra os seguidores do Evangelho continua presente em grande parte do mundo. Em países como Coreia do Norte e Iraque a insistência pode ser punida com a morte.
Na China, a perseguição aos cristãos tem se intensificado. O Partido Comunista está endurecendo as regras para que o culto ao líder se torne mais enraizado na cabeça das pessoas. A situação foi denunciada em um relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional. O documento também relata que autoridades do país estão removendo cruzes do telhado de igrejas. A alegação oficial é de que os símbolos representam “riscos à segurança”, sem dar maiores detalhes.
Desde 2018, as regras para o compartilhamento de mensagens religiosas se tornaram mais duras. Chats online que tenham mensagens cristãs são fechados, enquanto a igreja doméstica é proibida.
De acordo com a ONG Portas Abertas, o monitoramento tecnológico pode ser usado para atingir cristãos.
Procurado pelo jornal The Telegraph para comentar as denúncias, o Partido Comunista Chinês alega que o relatório distorce os fatos e que suas leis garantem liberdade religiosa para todos os cidadãos.
Catequese censurada
Algumas igrejas foram até mesmo obrigadas a exibir slogans do Partido Comunista Chinês (PCC) e ensinar ideologia partidária durante os cultos, substituindo ensinamentos religiosos tradicionais.
Casos em que a fotos de Jesus Cristo e da Virgem Maria estão sendo trocados por fotos do ditador Xi Jinping também foram divulgados.
Desde que assumiu o poder, em 2013, Jinping esforços para combater quaisquer religiões, pressionando as organizações a se alinharem aos valores do Partido.
A repressão afetou budistas, católicos, protestantes, muçulmanos e taoístas, com muitos elementos ligados à fé sendo eliminados por não se alinharem à agenda do estado.
Uma vida na clandestinidade
No caso dos cristãos, o documento afirma que os fiéis agora precisam se esconder. Os cultos tem se reunido em hotéis e casas de chá, para realizar cultos secretos.
Até mesmo cerimônias de batismo estão sendo interrompidas no país. Em casos mais extremos, cristãos estão fugindo do país para evitar ser presos.
Foi o caso do dono da fábrica Wu Lixin. Ele contou que foi foi convocado para interrogatório policial e que seu filho enfrentou discriminação no local de trabalho devido às suas crenças.
A transmissão da fé aos filhos é um dos maiores desafios. Legalmente, os pais são proibidos de ensinar sua religião para as crianças. Quem desobedecer pode sofrer punições severas.
Com os relatos, aumenta a preocupação com os cristãos na China.