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Médico Jorge Jambeiro fez palestra na Fundação JFC
Ele discorreu sobre a hanseníase.
O médico Jorge Jambeiro, formado pela Escola Bahiana de Medicina, e que trabalha no Hospital Santa Izabel, em Salvador, proferiu palestra na Fundação João Fernandes da Cunha. O tema apresentado por ele foi sobre a hanseníase, hoje, 20, na reunião semanal do GACBA, que contou com ampla participação dos associados do Grupo. Os dirigentes da FJFC, Silvoney Sales e Zenaide Fernandes da Cunha Almeida, além da ex-presidente Vanda Angélica da Cunha, e funcionários da instituição também participaram do encontro que visou levar novas informações sobre a doença ao público presente.
Antes do início da palestra, Jambeiro doou ao GACBA um aparelho Data-Show. O presidente do Grupo, Antônio Jorge, agradeceu a contribuição informando que o equipamento será de grande valia para as reuniões dos associados e convidados, sempre às terças-feiras. Ele, juntamente com o Dr. Silvoney, destacou a disponibilidade e disposição do mesmo em comparecer à Casa.
Ao abrir os trabalhos, Jambeiro salientou que a hanseníase tem cura, é infectante, mas não de fácil contaminação, acrescentando que 90% das pessoas são imunes à doença. Ele informou que o Brasil ocupa a segunda posição mundial, atrás apenas da Índia, e que na última década registrou uma média de 49 mil casos. Frisou que o importante é um diagnóstico correto, através das mãos – o espessamento neural, mãe e pé caídos, atrofia muscular e deformidades (garra). “E a melhor prevenção, é o diagnóstico com boa antecedência, observando-se que a transmissão se dá pelas vias respiratórias”. Em Salvador, são registrados 900 casos anualmente.
A doença
A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos,
A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito secular atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, o nome Lepra e seus adjetivos passam a ser proibidos no País.
O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas. Áreas com diminuição dos pelos e do suor. Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas. Inchaço de mãos e pés. Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. Úlceras de pernas e pés. Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Febre, edemas e dor nas juntas. Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz. Ressecamento nos olhos.
No encerramento, Jambeiro recebeu um Certificado de Agradecimento do GACBA.
Ficha profissional do Dr. Jorge Eduardo de Schoucair Jambeiro
“Médico Ortopedista, Professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Doutor em Medicina Interna. Especialista em Cirurgia Pé e Tornozelo; Diretor de Política de Saúde da Associação Bahiana de Medicina e Cirurgião de Hanseníase do Instituto Couto Maia. Presidente do Congresso Brasileiro de Ortopedia em 1994 e Coordenador da área cirúrgica do Congresso Mundial de Hanseníase em 2002. Foi Vereador da Cidade de Salvador/Bahia de 1997 até 2013 e é Membro da AveSalvador (Associação dos Ex-Vereadores de Salvador).