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Mesa Redonda sobre "Novos caminhos da Neurologia"

 

Novos caminhos da Neurologia e a Neurociência para inclusão de paciente com alteração neurológica foi  tema de debate na Fundação JFC

 

 

Discussão reuniu especialistas na área.

 

 

A neurologia e a neurociência, bem como a inclusão social de pessoas com alteração neurológica, foram os temas da Mesa Redonda promovida pela Fundação João Fernandes da Cunha na noite de segunda (16). O debate reuniu especialistas no assunto que levaram ao público suas experiências profissionais e pessoais. Os debatedores foram: o médico Antônio Andrade – presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia / Instituto do Cérebro; 

 

O escritor Fausto Joaquim Moreira da Silva – presidente da APCB-Bahia  (Associação de Pessoas com Paralísia Cerebral) e do COMDEF (Conselho Municipal de Deficientes de Salvador); o padre Renato Minho Figueiredo Filho – Presidente do COEDE-BA (Conselho Estadual de Direitos da Pessoa com Deficiência) e a psicóloga Tereza Cunha Sales A. Fernandes, pedagoga da rede municipal de ensino de Salvador que trabalha com Educação Especial na perspectiva Inclusiva.

 

O presidente da Fundação João Fernandes da Cunha, que dirigiu os trabalhos, destacou a importância desse tipo de discussão, “atual na nossa realidade e que traz novas e boas informações para a sociedade de modo geral. E o tema inclusão social é sempre presente em qualquer momento”, frisou ele. O presidente do GACBA, Antônio Jorge Barbosa também fez parte da Mesa de Trabalhos e o evento contou ainda com a presença da ex-presidente da instituição, Vanda Angélica Fernandes da Cunha.

 

Antônio Andrade informou na sua apresentação que segundo o Ministério da Saúde, as doenças neurológicas têm considerável importância epidemiológica e magnitude social na população brasileira,, considerando-se o quadro de morbidade, composto por elevada prevalência de pessoas com seqüelas neurológicas e elevada taxa de mortalidade. “O Brasil é um país jovem de cabelos brancos e ainda faltam avanços em prevenção e tratamento das doenças cerebrais, assim como atraso nas doenças neurovegetativas”.

 

Já o escritor Fausto Joaquim, portador de paralisia cerebral Peri-natal, falou da luta diária para sua inserção na sociedade. Ele é autor dos livros A Era da Pós-deficiência; Águias sem Asas e Diga ao Mundo que sou Deus. O padre Renato falou que o mundo da inclusão é doloroso e difícil. Falou do Conselho Estadual (Coede-Ba), formado por 34 membros da sociedade civil e do governo e destacou a importância da sociedade civil para que seja, impulsionadas as políticas públicas.

 

Por fim, a pedagoga Tereza Cunha Sales A. Fernandes, que trabalha na Secretaria Municipal da Educação de Salvador, falou da inclusão nas escolas das crianças com deficiência. Ela disse que a partir de 1988, com a atual Constituição Federal, o assunto começou a ser tratado de melhor forma, mas somente em 2001 é que as condições realmente tiveram melhoras efetivas, informando que em 2019, estão matriculados na rede municipal 5.400 alunos com deficiências diversas.

 

Ela disse que a inclusão ainda é um desafio, “é necessária a participação familiar para que os alunos especiais sejam melhor atendidos. São crianças com deficiências múltiplas que precisam ser tratadas como sujeitos e não como deficientes. Precisam ser vistas como cidadãos e precisamos lutar e defender seus direitos, que é o que a sociedade tem de fazer”, salientou Tereza. O público pode fazer perguntas aos palestrantes, que também autografaram livros de suas autorias.

 

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