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Historiador Daniel Rebouças fala de Salvador através dos séculos
Ele abordou o assunto na abertura da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca promovida pela Fundação JFC.
Uma visão de Salvador do século XIX sob a ótica de vários artistas e viajantes estrangeiros que aportavam na velha Bahia. Foi tomando como base essa linha que o historiador, pesquisador, escritor e professor Daniel Rebouças fez a palestra "Salvador: uma iconografia através dos séculos" na noite de terça-feira (24/10) na Fundação João Fernandes da Cunha. A apresentação marcou a abertura da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca que se estende na instituição até o dia 31 de outubro com exposição de artes e artesanatos. A Semana tem parceria da Fundação JFC, Grupo de Ação Cultural da Bahia (GACBA) e a EPP Publicações e Publicidade.
O historiador discorreu sobre a história da capital baiana através de imagens, mostrando a cidade por meio da ótica de vários artistas e viajantes, que ao longo dos séculos retrataram as paisagens, o povo e seus costumes da cidade que foi o mais importante porto do país até o século XIX. Mapas, gravuras, desenhos, aquarelas e periódicos do acervo da Fundação Biblioteca Nacional ilustraram a palestra. Na sua exposição, Rebouças mostrou que desde sua fundação Salvador sempre teve suas belezas naturais, mas sempre acompanhadas das desigualdades sociais que persistem até a atualidade.
Já no século XIX, 90% da população vivia abaixo da linha de pobreza e segundo dados não oficiais apontavam no ano de 1560 a população de 14 mil pessoas e em 1803 chegava a 100 mil habitantes. Informações de 1835 apontavam a existência de 28,2% de brancos, 22,7% livres e libertos de cor e 33,6% de escravos, sobressaindo-se a divisão social bem clara: os nobres e os plebeus. E cada nobre era proprietário de quatro a dez escravos. Destaca-se também a informação que a elite baiana era formada por senhores de engenho, pecuaristas, funcionários públicos, militares, alta hierarquia da Igreja e comerciantes ricos.
Ao final da explanação, o presidente e a vice-presidente da Fundação JFC Silvoney Sales e Zenaide Fernandes da Cunha Almeida, agradeceram a apresentação do historiador "pela brilhante palestra, que trouxe muitas e novas informações sobre a cidade de Salvador e suas singularidades".
Foto: Gilberto Silva.