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Até esta sexta-feira, 8 de janeiro, a pandemia do novo coronavírus já deixou 88.140.964 contaminados e 1.900.380 mortos no mundo.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 17,33 milhões. Os dados são da Universidade Johns Hopkins (casos e óbitos) e da Universidade de Oxford (vacinação).

CORONAVAC NO BRASIL A CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, obteve 78% de eficácia nos testes feitos no Brasil, podendo chegar a até 100% nos casos graves. O órgão apresentou os primeiros dados do imunizante à Anvisa e o pedido de uso emergencial deve ocorrer nesta sexta. O documento não foi protocolado já na quinta devido a uma dúvida no cálculo da eficácia do fármaco. Depois da divulgação do dado, o Ministério da Saúde assinou um contrato para a compra de 100 milhões de doses do produto e, segundo o ministro Eduardo Pazuello, todas as unidades disponíveis farão parte do plano nacional de imunização. Mesmo assim, o governo de São Paulo manteve seu cronograma.

E AS OUTRAS VACINAS? Em uma corrida contra o atraso na campanha de vacinação contra a Covid-19, o governo brasileiro busca soluções paliativas até a disponibilidade dos imunizantes já contratados. Nesta semana, o país garantiu o recebimento de 2 milhões de doses prontas do fármaco da AstraZeneca. O Ministério da Saúde tenta, ainda, adquirir até 10 milhões de unidades do medicamento o quanto antes. Segundo a pasta, já são 354 milhões de doses garantidas até o fim deste ano, ao custo de quase 3 bilhões de reais. Já a farmacêutica Pfizer emitiu um comunicado dizendo que ainda aguarda uma decisão do governo brasileiro para estabelecer o contrato de fornecimento.

EFICAZ CONTRA VARIANTES A vacina da Pfizer pode ser eficiente também contra as novas e mais contagiosas variantes do coronavírus, detectadas inicialmente no Reino Unido e na África do Sul. Um estudo preliminar de pesquisadores da Universidade do Texas e da própria farmacêutica mostrou que o imunizante conseguiu neutralizar amostras de vírus com a chamada mutação N501Y na proteína spike – presente nas duas variantes e a provável responsável pela maior transmissibilidade. O estudo foi feito em laboratório com anticorpos de pessoas que já tomaram a vacina e com uma versão do vírus com a mutação. A pesquisa é promissora, mas ainda requer revisão dos cientistas.

TRISTE MARCA O Brasil ultrapassou as 200.000 mortes por Covid-19. O país é o segundo a atingir esta marca, atrás apenas dos EUA, que somam mais de 365.000 vítimas fatais. Sobre o alto número de óbitos, Jair Bolsonaro lamentou , mas insinuou que nem todos foram realmente causados pela doença. "Muitas dessas mortes com Covid, outras de Covid, não temos uma linha de corte no tocante a isso daí. Mas a vida continua, a gente lamenta profundamente", afirmou durante uma transmissão ao vivo. Antes, ao falar com apoiadores, o governante disse que não faz "campanha nem contra nem a favor" da vacina, mas questionou a segurança do imunizante, método mais eficiente para diminuir o contágio e, consequentemente, os óbitos.

CONSUMO CONSCIENTE Entre os novos hábitos impulsionados pela pandemia está o consumo mais consciente. Matéria de VEJA mostra que compras de produtos sem procedência e supérfluos estão perdendo a vez na vida das pessoas. Ao que tudo indica, daqui pra frente, na decisão da compra o consumidor tentará encontrar o equilíbrio entre satisfação pessoal e compromissos ambientais, sociais e financeiros. Dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Akatu em 2020 comprovam essa tendência: mais de 70% dos consumidores querem que a iniciativa privada pare de agredir o meio ambiente e estabeleça metas para tornar o mundo melhor. Será bom para todos.

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